Coletivos estudantis auxiliam as universidades a atender demandas de minorias

A pró-reitora de assuntos estudantis da UFPR reitera a importância dos coletivos para mudanças sociais na comunidade acadêmica

Por: Joana Oliveira

Edição: Ana Salles

Os movimentos estudantis ganharam destaque no período da ditadura militar no Brasil por sua posição contrária à política de repressão, e tiveram grande capacidade de mobilização social. Os estudantes realizavam manifestações, passeatas, atos públicos, debates, congressos, além de produzir jornais clandestinos, a chamada imprensa alternativa, muitas vezes em parceria com outros segmentos da sociedade. Muitos foram presos, exilados, torturados e mortos na tentativa de depor o governo autoritário.

Trinta anos após a consolidação da democracia e do direito à liberdade de expressão, garantidos pela Constituição Brasileira de 1988, os movimentos estudantis ainda são importantes meios de discussão, manifestação e amparo social — dentro e fora das universidades. A partir de discussões realizadas por coletivos negros, feministas e LGBT+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transsexuais e +), as instituições de ensino são capazes de atender às demandas desses grupos historicamente marginalizados.

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O padrão agora é outro

Cabelo afro passa a ser símbolo de resistência

Por: Mônica Santos

Edição: Janyne Leonardi

Foto de capa: Giovana Vieira

Cabelos afro são considerados hoje um boom, tornaram-se fashion no cenário da moda.  Mas, nem sempre foi assim. Muitas pessoas já sofreram, e ainda sofrem, para libertar-se de uma série de preconceitos a serem encarados por causa deste tipo de cabelo. No último dia 15 de setembro, Dia Mundial Afro, foi lançada a campanha “Mude os fatos, não o afro”, com dados que mostram que apenas 37% das mulheres negras se sentem bem usando seus cabelos naturais em eventos profissionais; 78% das pessoas instintivamente preferem cabelos lisos; uma em cada cinco mulheres negras sentem pressão social para alisar o cabelo para ir trabalhar; e  apenas 27% das mulheres negras se sentem bem usando dreads em eventos profissionais.

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‘Casamento gay’ continua a dividir opiniões na esfera religiosa

Cinco anos após legalização no Brasil, cristãos ainda são resistentes a realizarem cerimônias religiosas para uniões homoafetivas12

Por: Larissa Camargo

Edição: Janyne Leonardi

Nos últimos anos, a comunidade LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) conquistou um direito importante em vários países: o direito de duas pessoas com a mesma identidade de gênero se casarem. Apesar disso, ainda há um longo caminho a ser percorrido para que essa decisão atinja proporções globais. Apenas 22 países legalizaram o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo, sendo a Holanda, em 2001, o primeiro a reconhecer este direito. Em 2013 foi a vez do Brasil, o décimo segundo país do mundo a tomar essa decisão. Em setembro deste ano, a Suprema Corte da Índia revogou a lei que tratava demonstrações de afeto entre pessoas do mesmo sexo como crime. Continuar lendo “‘Casamento gay’ continua a dividir opiniões na esfera religiosa”